SUMÁRIO
1 O MOVIMENTO DE RECONCEITUAÇÃO...............................................................3
2 O SEMINÁRIO DO MOVIMENTO DE
RECONCEITUAÇÃO...................................4
3
A TEORIA DO SERVIÇO SOCIAL...........................................................................5
3.1
O
positivismo........................................................................................................5
3.2
A Fenomenologia.................................................................................................6
3.3
A
Dialética.............................................................................................................6
BIBLIOGRAFIA................................................................................................7
RESUMO: O presente trabalho tem o
objetivo de analisar a importância do movimento de reconceituação para o
Serviço Social brasileiro e seus desdobramentos na construção da identidade
profissional. Para isso imprescindível a reflexão dos documentos advindos deste
movimento e das influências do positivismo, da fenomenologia e da dialética
neste processo.
PALAVRAS CHAVE: Movimento
de reconceituação, documentos e influências filosóficas.
ABSTRACT:
The present work aims to analyze the importance of movement for the
reconceptualization Brazilian Social Service and its developments in the
construction of professional identity. For this essential reflection of the
documents arising from this movement and the influences of positivism,
phenomenology and dialectics in this process.
KEYWORDS: Reconceptualization
movement, documents and philosophical
influences.
1
O MOVIMENTO DE RECONCEITUAÇÃO
Por
volta da metade do século XX o Serviço Social brasileiro embora estivesse
vivendo um processo de rompimento com a concepção filantrópica oriunda da
tradição católica se via agora calcado no funcionalismo norte-americano.
O fato é
que a profissão, tanto em seus primórdios, como nas décadas posteriores estava
atrelada aos interesses da classe hegemônica da nação nos diferentes estágios
do sistema capitalista em seu desenvolvimento nacional.
Tanto
pela influência eclesiológica (onde a igreja pretendia resgatar seu poder e
reconquistar privilégios na sociedade), como pela influência do Estado (no
período onde cessa a chamada república café-com-leite e, inicia a era Vargas
com o processo de industrialização no país) ficava evidente que era atribuído
ao Assistente Social um perfil de repressão no lidar dos problemas do operariado
a fim de manter a ordem social e distanciá-lo de qualquer contato com a
ideologia socialista.
Fato
este que se consolidou ainda mais com a adoção do positivismo mencionado no
início deste trabalho.
Neste
momento havia um profundo interesse dos Estados Unidos em relação aos países da
América Latina chegando a oferecer bolsas de estudos aos assistentes sociais
brasileiros.
Com isto
o assistente social desempenhava um papel de ajustamento do indivíduo ao seu
meio social, sustentado por uma visão terapêutica.
Soma-se
a isto a ênfase política de aceleração econômica incentivada pela
industrialização e modernização capitaneada pelos EUA que tinha como estratégia
o desenvolvimento da comunidade a fim de garantir prosperidade, o progresso
social e a hegemonia americana.
Portanto
podemos concluir que o Serviço Social brasileiro em suas primeiras décadas
estava marcado por um vazio no que diz respeito a sua identidade profissional.
Este
fato começa a mudar justamente quando o profissional do Serviço Social passa a
se identificar mais com a classe dominada.
Tal
mudança vem da busca por uma reconceituação do Serviço Social a realidade
Latino-americana advindo de encontros sistemáticos promovidos pelos
profissionais deste mesmo solo.
Este
movimento de reconceituação aproximou-se justamente da teoria tão resistida
pela classe dominante: a marxista. Fator que veio dar início ao processo de
ruptura com o tradicionalismo profissional, mesmo levando em consideração os
vários equívocos e entraves desta nova leitura da profissão.
Este
novo tempo abre as portas para a discussão e reflexão originando uma série de
documentos que abordaremos a seguir.
Diante da
crise global, o serviço social passava por uma profunda decadência macroscópica.
A partir daí, surge o início de discussão renovação do serviço social no
Brasil, onde a autocracia burguesa estava se organizando, para manter suas
práticas dominantes de hegemonia e a partir de então, abriu-se espaço para que
os profissionais da área pudessem discutir as novas formas de atuação, num
debate crítico para a sua formação profissional.
Com a crise
do sistema da ditadura, houve um aumento exorbitante das demandas, sendo
necessário por parte do Estado a contratação de novos profissionais para a
devida mediação dos conflitos. Neste momento houve um amadurecimento dos
profissionais, onde os mesmo já procuravam trabalhar em equipes
multidisciplinares.
Com o
afastamento da igreja católica, a forma tradicional endogenista de atuação foi
se enfraquecendo, criando um fator favorável para que a renovação do serviço
social através dos documentos de teorização ganhasse força.
2 O SEMINÁRIO DO MOVIMENTO DE
RECONCEITUAÇÃO
O documento
de Araxá foi o princípio de discussão teórica, embasado na corrente
positivista. Dentro da perspectiva da globalidade, o documento de Araxá se
apresenta em dois níveis: micro atuação – essencialmente operacional e a macro
atuação – política e planejamento para o desenvolvimento.
O documento
de Teresópolis alinhava o serviço social ás demandas da ditadura. Tinha uma
linha de pensamento voltada ao projeto autocrático burguês e suas instituições.
Cada grupo tem uma função e a função é uma ordem natural, dentro do referencial
funcionalista-estruturalista.
O documento
de Sumaré foi o auge da crise do modelo positivista na América Latina. Teorias
abordadas: cientificismo, fenomenologia e dialética. Foi uma proposta de ajuda
psicossocial, onde a ditadura começa a se enfraquecer. Surge neste período a
Psicologia Social. O esforço pela validação da profissão teve uma abrangência
muito significativa nas discussões.
Dos
resultados dos documentos de Sumaré e Alto da Boa Vista, fica claramente
evidenciado que o processo de renovação profissional já transitava por outras
vias e envolvia outros protagonistas.
A partir das idéias abordadas nos documentos citados acima, ocorreu outra
perspectiva no processo de renovação do serviço social que é a reatualização do
conservadorismo.
3 AS TEORIAS DO SERVIÇO SOCIAL
3.1 O positivismo
O positivismo é uma
corrente filosófica que preconiza o entendimento da sociedade humana
baseando-se nas leis naturais, foi fundado por Augusto Comte (1798-1857), na primeira metade do
século XIX, o positivismo é pautado pelo conceito do “devir”, ou seja, o
conceito de vir- a – ser e baseando-se nisso tende a crer insistentemente no
progresso.
.Dentro do Serviço Social foi o
positivismo que, primeiro orientou as propostas brasileiras de trabalho e,
diante de uma legitimação do profissional o positivismo proporcionou uma
perspectiva de ampliar referenciais técnicos.
3.2 A Fenomenologia
A Fenomenologia é uma corrente de
pensamento que tem como característica o estudo dos fenômenos, porém Husserl
considera que a Fenomenologia não é destinada a explicação dos fenômenos, mas
sim expressar uma intencionalidade. Nessa teoria a consciência estaria voltada
como intencional para a observação do mundo.
No Serviço Social a Fenomenologia tem
uma importância voltada para o entendimento do sujeito e suas vivências e
coloca como uma meta para o Serviço Social auxiliar o usuário no entendimento
do seu próprio “eu” e dos sujeitos no mundo ao seu redor.
Netto (1994: 201 e ss)
analisa que, o conceito de Fenomenologia é uma forma de reatualização da
questão conservadora que permeava o início da profissionalização do Serviço
Social.
3.3 A Dialética
A dialética é um
conceito muito antigo em Filosofia, que pode ser encontrada desde os
Pré-Socráticos, significando principalmente o embate de forças contrárias
gerando sempre uma síntese e dessa síntese o ciclo recomeça novamente com uma
nova tese.
Um dado importante
acerca da Dialética do materialismo é que essa concepção considera a matéria
como única verdade e nega veementemente pressupostos caros as autoridades
religiosas.
No Brasil a teoria
marxista que foi utilizada dentro do Serviço Social se caracterizou por uma
abordagem reducionista e de uma utilização de um “marxismo de manual” por
influencia de um formalismo metodológico e por um cientificismo principalmente
influenciado por Louis Althusser, filósofo francês.
Diante desses
pressupostos metodológicos é imprescindível que mesmo que tenhamos como
tradição no Serviço Social a teorização marxista, temos que valorizar os
diálogos com as outras teorias para que possamos ter referências para podermos
solucionar a problemática da questão social.
BIBLIOGRAFIA:
Netto, José Paulo. Ditadura
e Serviço Social. São Paulo, Cortez, 1994
E – REFERENCIAS:
http://www.webartigos.com/artigos/movimento-de-reconceituacao-do-servico-social/46749/.Acesso
em: 16 abr. 2012.
http://www.webartigos.com/artigos/a-erosao-do-servico-social-tradicional-no-brasil/12174/.Acesso
em 16 abr. 2012.
http://www.franca.unesp.br/rita.pdf.Acesso
em 16 abr. 2012.
RESUMO: O presente trabalho tem o
objetivo de analisar a importância do movimento de reconceituação para o
Serviço Social brasileiro e seus desdobramentos na construção da identidade
profissional. Para isso imprescindível a reflexão dos documentos advindos deste
movimento e das influências do positivismo, da fenomenologia e da dialética
neste processo.
PALAVRAS CHAVE: Movimento
de reconceituação, documentos e influências filosóficas.
ABSTRACT:
The present work aims to analyze the importance of movement for the
reconceptualization Brazilian Social Service and its developments in the
construction of professional identity. For this essential reflection of the
documents arising from this movement and the influences of positivism,
phenomenology and dialectics in this process.
KEYWORDS: Reconceptualization
movement, documents and philosophical
influences.